terça-feira, 24 de maio de 2011

Obediência e Honra


Particularmente dirijo-me aos filhos neste domingo em que estamos enfatizando a sua relação com os seus pais. Obviamente todo princípio para o bom relacionamento cristão está contido na Palavra de Deus, princípio esse do qual na abrimos mão. 
                Escrevendo aos Efésios, o apóstolo Paulo trata dessa relação quando diz: “Filhos, obedecei a vossos pais no Senhor,  pois isto é justo. Honra a teu pai e a tua mãe (que é o primeiro mandamento com promessa)” (Ef 6.1-2). Claramente o apóstolo fala de dois aspectos  para um relacionamento sadio entre filhos e pais, que são obediência e honra.
                No original grego a palavra opakouo “obedecer” quer dizer “seguir”, “estar sujeito a”. Entende-se que, aquilo que aos filhos é ordenado, seja justo, moral, correto, visando o desenvolvimento espiritual e moral dos filhos, ou simplesmente apropriado para a vida e a conduta diárias. Ou seja, toda ordenança dos pais aos filhos é para o seu bem, visando o desenvolvimento sadio do seu caráter. A obediência dos filhos aos pais é algo moralmente justo, porque segue a ordenança divina. Também é algo socialmente correto, porque reflete um arranjo conveniente e correto na sociedade humana. Além de inúmeras outras qualificações da obediência, é ainda humanamente correta, pois todas as culturas humanas reconhecem a sua prudência. Vale à pena obedecer.
                A palavra “honra” é tradução do termo grego timao, que quer dizer “dar um preço a”, “valorizar”, “estimar”, ou seja, honrar, através do respeito apropriado. Inclui também a idéia de reverência. Na verdade, rebrilha o amor cristão que se expressa mediante palavras e ações. Portanto, o filho que ama a seus pais, com muita naturalidade os honrará, procurando tudo fazer para que lhes seja agradável. Aos filhos compete a honra de seus pais, pois isso os faz orgulhosos de sua prole. Isso também fará com que o nome dos filhos seja exaltado perante todos e aos seus próprios olhos. Sobretudo, toda exaltação é do Senhor, que tem os filhos como herança e galardão (Sl 127.3).
                “Ouvi, filhos, a instrução do pai, e estai atentos para conhecerdes o entendimento” (Pv 4.1). Obediência e honra dos filhos aos pais é tudo que Deus espera para que esses sejam felizes e tenham os seus dias prolongados.
                Que Deus abençoe a todos. 

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Pastoral - A Felicidade no Lar [15/05/2011]


A Felicidade no Lar

                Durante todo o mês de maio estamos investindo, de forma especial, em nossas famílias. O retorno deste investimento é certo, pois Deus honra todo trabalho que dignifica e fortalece a tão grande instituição divina. Jamais nos esqueçamos de que o Senhor abre caminhos para a felicidade no lar, caminhos esses que devem ser trilhados por nós, e por tantos quantos nEle  crêem e amam os Seus caminhos.
                O plano divino para esta felicidade é mencionado no Salmo 103.17-18 que diz: “Mas a misericórdia do Senhor é de eternidade a eternidade, sobre os que o temem, e a Sua justiça sobre os filhos dos filhos, para com os que guardam a Sua aliança e para com os que se lembram dos Seus preceitos e os cumprem”. Também no Salmo 128.1-2 está escrito: “ Bem aventurado [feliz] aquele que teme ao Senhor e anda nos Seus caminhos! [...] feliz serás e tudo te irá bem”. Aleluia!!! Ou seja, Deus fez uma promessa a você, seus filhos e seus netos, promessa essa que Ele há de cumprir, se você observar as condições requeridas que são: temor ao Senhor, guarda da Sua aliança e lembrança dos Seus preceitos.
                Não existe, em termos humanos, algo tão precioso como a família, pois ela foi instituída por Deus – “... se une à sua mulher, tornando-se uma só carne” (Gênesis 2.24); “sede fecundos e multiplicai-vos e enchei a terra (Gênesis 9.1). Sendo, portanto, a família, um projeto de Deus, à sua disposição está a plena realização. A felicidade eterna é tudo que Deus tem a compartilhar com as famílias. Essa realidade é evidenciada no Salmo 128.3 que fala da videira frutífera, ou seja, felicidade sem fim.
                Irmãos, com eterna felicidade Deus nos tem presenteado, dando-nos famílias tão abençoadas. Devemos todos permitir que o plano divino para elas seja executado, vivendo felizes em companhia de nossos familiares à luz da Palavra de Deus. Mesmo que esta realidade seja tão distante para muitos (o que infelizmente não é exceção), ainda assim é possível, quando o Deus que tudo pode, interfere com o objetivo de restaurar e mudar a sorte familiar. Deus se interessa em restaurar o que se perdeu, sobretudo a dignidade e a felicidade da família.
                Que Deus abençoe nossas famílias.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Uma reflexão sobre a Santa Ceia

Uma Reflexão Sobre a Santa Ceia



Neste dia em que a igreja se prepara para tomar a Santa Ceia, faz-se necessária uma reflexão referente a ela. Talvez o texto bíblico mais conhecido neste particular seja I Coríntios11.23-29. Especialmente nos versículos 27 e 28, o comentarista Champlin observa o seguinte:

Primeiro – A Ceia do Senhor está associada à proclamação do imenso valor de Cristo, à sua memória, especialmente à sua morte, não sendo algo que possa ser efetuado levianamente, conforme os crentes de Corinto vinham fazendo em sua conduta desordenada. Paulo não exige um valor absoluto por parte dos participantes; nesse caso ninguém seria capaz de participar. Ele diz sim, que a decência comum deve ser observada. Portanto, [fora todo pecado como] o egoísmo, a degradação a outros, a contenda entre os crentes e as facções. Todas essas práticas atuam como elementos perturbadores da igreja e profanam a observância da Ceia do Senhor. Deve o crente então examinar-se a fim de verificar qual pecado poderia estar se agitando em algum setor secreto de sua vida. Cumpre ao crente averiguar em que ofendeu a algum irmão, ou profanou o nome de Cristo perante outros.

Segundo – O auto-exame é aqui determinado como modo de levar o crente a participar dignamente da Ceia do Senhor. A palavra grega interpretada como auto-exame é anakrino que também pode significar “indagar”, “examinar”, “levar a efeito uma argüição”, “discernir”. Aqui está em foco a idéia da auto-investigação, em que o crente é levado a discernir se é própria a sua participação na Ceia, por serem dignos os seus motivos e suas ações. É preciso que o crente enfrente honestamente o seu pecado com o propósito de abandoná-lo. [Nunca devemos nos esquecer de que] o exame das condições morais e espirituais da vida antecipa o arrependimento. Que seja operado, portanto, em cada coração o verdadeiro e profundo arrependimento para que, com dignidade, todos possam participar da mesa do Senhor.

Esperamos que todos, sem detença, tomem a Ceia do Senhor, sobretudo por obediência à Palavra de Cristo – “tomai e comei dele todos” – e pela disposição de assumirem a vida e a morte de Cristo, para que, enfim, sejam agraciados pelo Pai.

Que Deus abençoe a todos.




 

sexta-feira, 30 de julho de 2010

OS PACIFICADORES

          "Bem aventurados os pacificadores" - disse Jesus. Sendo pacificador, sabia contornar situações com serenidade. Muitas são as evidências que demonstram Jesus como pacificador, como o que ocorreu na noite em que foi preso. Depois de Pedro ter golpeado um dos soldados a ponto de ferir-lhe a orelha, Jesus estancou o ferimento e disse ao seu discípulo: "Coloque a espada na bainha".
          Se quisermos ser bem aventurados por Cristo, devemos seguir o Seu exemplo. Diz-nos a palavra de Deus ainda: "no que depender de vós, se possível, tende paz com todos os homens". Nisso demonstraremos a todos que somos obedientes aos Seus preceitos e que podemos contornar situações adversas com equilíbrio e serenidade, o que é próprio do espírito cristão.
          Tratando especificamente da passagem bíblica de Mateus capítulo cinco, versículo nove quando, no sermão do monte, Jesus enfatiza as bem aventuranças, salienta enfaticamente a paz espiritual e não a cessação de violência física entre as nações. Mesmo que o termo seja geralmente entendido no sentido daqueles que ajudam outros a encontrar a paz com Deus,essa paz pode ser também entendida como aqules que alcançam sua própria paz com Deus e são chamados Seus filhos. Um fato interessante é que os filhos de Deus buscam a paz mesmo com seus próprios inimigos.
          Uma grande personagem veterotestamentária que se tornou conhecida por empenhar-se pela pacificação foi Abigail, esposa de Nabal, homem abastado que tinha ricas posses no Carmelo, região ocidental de Israel. Era ele jurado de morte por Davi, já que não quisera receber os seus companheiros de luta. Ela então foi ao seu encontro e, presenteando-o, rogou-lhe que não fizesse mal algum ao seu marido. Diante dessa atitude, Davi voltou-se de sua intenção de matar aquele homem.
          Ainda hoje o Senhor comissiona a muitos para serem reais pacificadores, com o objetivo de contornar situações e trazer soluções equilibradas que possam transformar uma pessoa ou mesmo uma sociedade, levando-as enfim, ao conhecimento do evangelho da graça de Deus.
          Seja a graça do Senhor abundante sobre vós.

domingo, 25 de julho de 2010

O AMOR SE ESFRIARÁ

     Dirigindo-se aos Seus discípulos,Jesus passou a relartar-lhes sobre os acontecimentos que se darão antes da Sua volta. Este é chamado "O sermão profético" que se encontra nos capítulos vinte e quatro e vinte cinco do evangelho de Mateus. Embora falando aos judeus das coisas que lhes hão de acontecer precisamente na primeira metade da Grande Tribulação, Jesus alerta a igreja quanto à insensibilidade para com a palavra de Deus. Como resultado disso, haverá um crescente distanciamento entre os cristãos e, consequentemente, o esmorecimento das relações tanto na família, quanto na igreja e na sociedade de modo geral.
            É de fundamental importância que a igreja reflita sobre este tema, ja que a falta de amor a tem caracterizado nestes últimos tempos, enquanto a inversão de valores tem se efetivado no meio cristão de modo geral. Dirigindo-se a igreja em Éfeso, Jesus apela para o seu retorno à prática do primeiro amor, uma vez que, em meio a tantas atividades, não havia o essencial para que ela sobrevivesse e se apresentasse dignamente aos pés do Senhor (Apocalipse 2.1-7). Da mesma forma a igreja do século vinte e um anda excessivamente ocupada, porém vazia da essência de Deus que é o amor.
            Torna-se necessário, portanto, que nos voltemos para Deus, a fonte do amor, pedindo-lhe que nos encha desse dom precioso e assim nos faça dignos do Seu Reino. A igreja então saberá qual o propósito de Deus em seu ministério frente ao mundo, e o mundo será atraido a ela. É isso que Cristo espera do Seu povo. Ele expressa esse desejo no evangelho de João quando diz: "Novo mandamento vos dou; que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros" (João 13.34-35).
            É este um grande desafio para o povo de Deus, já que todo ser humano é tendencioso ao esfriamento em suas relações pessoais, especialmente nestes últimos tempos, quando o homem tem se ocupado muito mais com o seu bem estar e até mesmo com suas vantagens sobre outros.
            Que a nossa igreja jamais despreze o amor de Deus. Que amemos intensamente uns aos outros até a vinda do nosso Senhor Jesus.
            Amém.

Do informativo semanal, 25/07/2010